sábado, 29 de janeiro de 2011

Sobre Cultura e Alienação.



    Como não tinha nada para fazer e estava vadiando, decidi ler um pouco, e encontrei um texto muito bom da Sophia de Mello Breyner "CULTURA NÃO SE FAZ PARA O MUSEU". E não pude deixar de refletir aqui sobre tão maravilhosa leitura.
- Para que falar de Cultura Will ?
-Por que falar disso é necessário, e eu não fiz um blog pra postar receita de bolo ¬¬  "agora senta lá Cláudia".
    Pois Cultura é algo de extrema importância, e cada vez mais está sendo deixada de lado, se restringindo a uma parcela muito pequena da sociedade. Um homem sem cultura, é um homem condenado a ignorância. Sem CULTURA não temos capacidade de exercer a liberdade de saber escolher e criar, sem ela nos tornamos seres passivos de manipulação.
Disse Breyner ...
    "É o direito a cultura que garante e defende os outros direitos, já que o homem sem cultura é sempre enganado e explorado. Pode ser explorado pelo capitalista e pode ser explorado pelo falso revolucionário. Pode ser iludido pelo patrão a quem dá seu trabalho e pode ser iludido pelo governo a quem dá o seu voto. Pode ser enganado pela propaganda politica e pela propaganda comercial." 

     Logo é a CULTURA que capacita as pessoas a fazerem escolhas e pensar no que é necessário e no que não é. Onde existe povos alienados culturalmente, a democracia não passa de uma farsa, de algo parcial.
A CULTURA , se bem usada constitui um poderio de antipoder aos ditadores e exploradores, um instrumento que temos para lutar contra a opressão do governo e do sistema capitalista, formas de repressão que em uma sociedade alienada é difícil de combater. A ignorância e a alienação cultural conduzem as pessoas a passividade. O mundo em geral precisa sofrer um desenvolvimento cultural, para poder realmente evoluir, pois o presente desenvolvimento industrial e técnico está acabando com a humanidade e o planeta em que vivemos.

REFLITA :
" Pois a Cultura não se fez para estar nos museus, mas sim para estar na vida porque é a cultura que ensina o homem a escolher e construir e criar a própria vida, em vez de a suportar." 

Referência Bibliográfica:

BREYNER, Sophia de Mello. In : O estado de São Paulo, 1982
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